terça-feira, 29 de outubro de 2019

ESCRITOR REVELA COMO FORAM OS ANOS DA DITADURA MILITAR




Hélio Porto
            Sebastião Pereira da Costa é um atuante jornalista residente em Itapeva –SP e narra como ninguém suas experiências ainda dos tempos jovens, com o clima de censura do período militar no Brasil.
            Depois do sucesso de seus livros anteriores “Eleições em Pedra Chata”, “Não verás nenhum país como este” e “A história Oculta”, o escritor volta com uma dose mais apimentada da realidade nacional com seu novo romance “História não se faz com lágrimas”.
            Com 160 páginas de intensa narrativa rica em detalhes, SPC mergulha nos porões negros da repressão militar e escancara o terrorismo praticado na filosofia do anti comunismo pregado pela mídia comprometida da época, como a epidemia marginal que invadia as universidades e fazia a cabeça de uma juventude, tida como vazia e conduzida ao marxismo extremo.
            Usando da poesia de amor entre dois jovens de idéias opostas, o escritor mergulha na vida da época e se infiltra nos corredores do tradicional Mackenzie para contar com todas as cores, a história envolvente de George, filho do capital e deputado Lívio Bertolazzo, militar repressor e Danielle Montfort, envolvida com uma célula estudantil contra o governo.
            Um enredo cheio do mais torpe ardil, a história penetra com autoridade na parte oculta desta história para desnudá-la por completo para nossas novas gerações.
            Li o livro com golfadas gulosas em poucos dias e posso, sem destemor, aconselhá-lo aos amantes de uma boa leitura.
            E o mais interessante. Numa história tão polemica e de final tão temeroso, o final é de caráter feliz, pois quem morre é o bandido e não os mocinhos.   
  

   

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

QUE NÃO OCORRA O CRIME DE MAQUIAR O PARALELEPIPEDO COM UMA CAMADA DE ASFALTO NA RUA SÃO PEDRO


Hélio Porto

Trocar o paralelepípedo pelo asfalto é uma falsa ideia de se aderir a modernidade e as propaladas vantagens cantadas em prosa e verso podem estar distorcidas.
Em estudo realizado pelas alunas do curso de Engenharia Ambiental da Unilins, concluiu que, além de prejuízos ambientais e econômicos, pavimentar as ruas de pedra com asfalto vai contra a tendência mundial.
Em cidades europeias o asfalto está sendo retirado e substituído por pedras, que possuem durabilidade ilimitada, são removíveis e reaproveitáveis.
Um dos motivos da troca é a diminuição de acidentes automobilísticos, uma vez que vias mais confortáveis ao tráfego, como as de asfalto, geram uma segurança ilusória, permitindo maior velocidade e, conseqüentemente, acidentes.
As alunas realizaram estudos técnicos sobre pavimentação com paralelepípedos em vias públicas, focando em aspectos ambientais, durabilidade e custo benefício, sempre comparando com o asfalto.
A conclusão das universitárias é que a pavimentação com paralelepípedo é uma prática ecológica e eficiente de urbanizar as cidades.
No entanto da mesma forma que o asfalto exige, o paralelepípedo também precisa de permanente manutenção e profissionais preparados para sua implantação, obedecendo rigoroso nivelamento com calceteiros experientes e dedicados.
Em Itararé não é o paralelepípedo que é ruim, mas o pleno abandono que a administração pública dedica ao setor sem profissionais habilitados e numa constante falta de harmonia entre as pedras formando um belo tobogã das ruas públicas.
Ainda seria razoável uma troca das pedras pelo asfalto se a prefeitura retirasse da via pública a rede de água e esgoto passando para as calçadas e fizesse um serviço de pavimentação correto.
Agora o maior sacrilégio será cobrir os paralelepípedos com uma camada de asfalto por cima para ganhar tempo e votos eleitorais, sepultando um patrimônio que vale milhões e que ainda pode ser muito bem aproveitado numa vila ou rua periférica.

Que o juízo povoe as decisões do Prefeito e que a tal modernização não fique só na esfera do rendimento político eleitoral nas urnas de 2020.       

sábado, 19 de outubro de 2019

O QUE É MELHOR: REDUZIR O NUMERO DE VEREADORES OU O SALÁRIO QUE ELES GANHAM??


Hélio Porto

Estamos acompanhando o movimento de alguns edis da Câmara Municipal de Itararé, tentando aprovar um projeto de lei que reduz o número de vereadores, atualmente em treze para apenas nove a partir de 2021.
Alega-se que a iniciativa tem o objetivo de reduzir as despesas do município e que a suspensão de quatro vereadores aparentemente desnecessários, traria para os cofres municipais mais de um milhão de reais.
Se hoje um vereador local recebe em média R$ 6 mil por mês, a redução do número deles seria apenas uma solução de fachada, pois os R$ 24 mil economizados por mês não passaria de mera utopia, já que, bastaria um aumento de média de 35% aos nove edis restantes e o valor economizado deixaria de existir.
Isto sem contar que o povo ficaria com menos representantes facilitando o prefeito a um domínio mais amplo do legislativo.
Há muitos anos que em Itararé, nove tem sido o número da bancada situacionista que reza na cartilha do alcaide. E curiosamente, quatro tem sido o número da bancada oposicionista.
            Na verdadeira democracia, quanto mais representantes o povo tiver mais plenamente ele será atendido.
            Assim ao invés de reduzir quatro vereadores para de pronto economizar de R$ 78 mil para R$ 54 mil, eu sugiro reduzir o valor do subsidio do vereador para apenas um salário mínimo vigente e aumentar o número de cadeiras para 17 como era até bem pouco tempo.
            Os 17 ganhariam pouco mais de R$ 17 mil e a economia seria monstruosa de mais de 70% e de lambuja ganharíamos mais 4 cadeiras novas.
            E com um salário mínimo apenas, se faria cumprida a lei em todos os seus aspectos.
           

      


2020 EM MOMENTO DE CALMARIA PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

                                                                                  Hélio Porto


            Há menos de um ano das eleições municipais e Itararé apresenta um quadro de plena calmaria prenunciando um pleito morno e sem grandes batalhas políticas.
A cidade já não produz lideranças com a mesma dinâmica de antigamente e resta ao eleitor as mesmices requentadas das eleições anteriores.
O cenário indica no máximo três candidatos ao cargo majoritário e dificilmente pintará uma grande novidade.
De um lado o Prefeito Heliton Scheidt do Valle, ainda contemplado com a possibilidade da reeleição, já mostra sua intenção de continuidade e não descuida de deixar claro ao eleitor, esta vontade, com uma forte dose de publicidade dos seus feitos, para seduzir o eleitorado.
A dúvida apenas se estabelece em quem será o seu vice.
Arthur Vila Nova confidencia aos amigos que vai pendurar a chuteira.
Ai ferve as especulações do companheiro novo da dobradinha oficial.
Para uns, o vereador Yago seria o ideal, para outros o vice deve ser de um grupo dissidente para somar novo eleitorado ao prefeito e na ciranda vem o nome de alguns empresários do Distrito Industrial, novatos na lida partidária.
De outro lado, a disputa promete acirrada com o empresário Fábio Mileo  Krubnik, o popular Fábio da Ipiranga que já chegou perto do trono prefeitural e agora vem com força redobrada em busca de seu ideal.
O nome do seu vice, é constante motivo de especulações no universo político, para uns, deve somar como companheiro de chapa, um dos irmãos Fadel, Rodrigo ou Joãozinho. Para outros, traz um nome novo no páreo, o Rodrigo Do Vale Pneus, mas até o Zé Eduardo figura entre seus vices. 
É certa também a entrada na disputa do mecânico idealista, o Ediclei que vem se organizando para tentar a prefeitura novamente.
Nomes como Antonio e Ítalo De Donno são cogitados na disputa majoritária, mas eles descartam, alegando a necessidade de dedicação exclusiva a suas indústrias.
Vamos aguardar que o tempo esquente e isto deve acontecer a partir do mês de abril de 2020, quando se preparam as convenções.
A ponte é única, mas as correntes de água são férteis.                      

                 

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

VEM AI O DECIMO LIVRO DE HELIO PORTO, 5 DE NOVEMBRO


Eesgate da memória de Itararé inspira moradores


Em Itararé (SP), a valorização da cultura e da história do município tem sido um dos principais objetivos da gestão Heliton do Valle. Através de eventos e ações, o chefe do Executivo tem trabalhado para garantir a perduração da memória da cidade e, assim, inspirado muitos cidadãos a fazer o mesmo. Exemplo disso são as doações de artefatos que a Prefeitura vem recebendo de pessoas engajadas na causa. 
Conforme o coordenador municipal de Cultura, Alisson Riveli, a última aquisição da Pasta foram dois livros escritos e uma foto de Camilo de Mello Pimentel, patrono do Museu Municipal, doados pelo escritor e jornalista itarareense, Sebastião Pereira da Costa. As obras, intituladas 'Não verás nenhum país como este' e 'A história oculta', são de autoria de Sebastião e retratam o cenário político brasileiro em diferentes situações e épocas. 
De acordo com Riveli, todo o material recebido ficará à disposição da população no Museu e na futura casa da Cultura do município. “Para que assim possamos eternizar a origem de Itararé na mente de cada cidadão”, destaca. 
Participação popular – Os acontecimentos mais relevantes da história, por vezes, não tem hora marcada para acontecer; muito pelo contrário, a maioria deles nasceram do acaso.
E foi por acaso que, em uma ronda de rotina, os Guardas Civis Municipais (GCM) Barros e Campos encontraram Ciro Gavião e, através dele, conquistaram a doação de uma carteira de trabalho e um atestado de baixa de um soldado da Revolução de 1930. 
Conforme Barros, durante um plantão no Parque Ecológico da Barreiro, encontraram com o munícipe e, durante a conversa, chegaram ao assunto das revoluções. “Ele nos contou que possuía essa documentação que pertencera anteriormente a um familiar que havia sido voluntário em 1930 e ofereceu o material como doação”, explica.

“Após isso, combinamos a retirada dos documentos e os entregamos à Coordenadoria Municipal de Cultura para que, então, após restaurados, eles possam passar a integrar o acervo municipal”, completa Campos.
Para o prefeito, é uma grata satisfação ver a participação dos munícipes no trabalho desenvolvido. “Nossa cidade foi e continua sendo palco de diversos acontecimentos históricos. Resgatando essa história, fortalecemos o sentimento de pertencimento e incitamos em nosso povo o orgulho de ser filhos dessa terra”, finaliza.

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sexta-feira, 11 de outubro de 2019

IRMÃ DULCE - PRIMEIRA SANTA BRASILEIRA


A religiosa baiana Maria Rita Lopes Pontes, a irmã Dulce (1914-1992), será canonizada no dia 13 de outubro deste ano. A celebração, com a presença do Papa Francisco, vai ocorrer no Vaticano, em Roma. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira (2) em coletivas de imprensa em Salvador, na Bahia, e em Roma. Irmã Dulce é a primeira mulher nascida no Brasil que receberá o título.
O arcebispo de Salvador, dom Murilo Krieger, comunicou que no dia 14 de outubro, um dia após a canonização, está prevista uma missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses, em Roma, em reconhecimento ao dom da religiosa.
Seis dias depois, no dia 20 de outubro, uma grande celebração ocorrerá na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Vaticano informou que outros quatro santos também vão ser canonizados no mesmo dia de Irmã Dulce.
Nascida em 1914 em Salvador, Irmã Dulce, que ficou conhecida como “anjo bom da Bahia”, teve uma trajetória de fé e obstinação na qual enfrentou as rígidas regras de enclausuramento da Igreja Católica para prestar assistência a comunidades pobres da capital baiana, trabalho que realizou até a morte, em 1992.
Filha de um dentista e de uma dona de casa, iniciou sua trajetória de assistência aos mais pobres ainda na infância, quando visitava comunidades carentes e ajudava pobres e doentes na porta da casa da família.
O processo da causa da canonização foi iniciado em janeiro de 2000 e seu primeiro milagre foi validado pela Santa Sé em 2003, pelo então papa João Paulo 2º.  
O milagre reconhecido teria acontecido na cidade de Itabaiana, em Sergipe, quando as orações a Irmã Dulce teriam feito cessar uma hemorragia em Claudia Cristina dos Santos, que padeceu durante 18 horas após dar a luz ao seu segundo filho. 
Em abril de 2009, o papa Bento 16 concedeu o título de Venerável à freira baiana, que se tornou a “Bem-aventurada Dulce dos Pobres”. Ela foi beatificada dois anos depois em uma cerimônia religiosa que reuniu 70 mil pessoas em Salvador. 
O anúncio da canonização da religiosa ocorreu em maio deste ano após a confirmação de um segundo milagre. Ela teria curado da cegueira um homem que morava na Bahia. 
A canonização, agora, deverá dar novo fôlego no culto a Irmã Dulce, que já era tratada como santa por grande parte dos baianos e atrai romeiros de todo o Brasil ao seu santuário no largo de Roma, em Salvador.
O Vaticano já havia reconhecido como santos brasileiros Madre Paulina (canonizada em 2002), o Frei Galvão (2007), o padre José de Anchieta (2014), além dos mártires Roque Gonzalez, Afonso Rodrigues e João de Castilho, mortos no Rio Grande do Sul no século 17 (1983) e os 30 mártires assassinados no século 17 no Rio Grande do Norte (2017).
Irmã Dulce concluiu os estudos aos 18 anos, quando se tornou professora, mas optou pela vida religiosa e ingressou como noviça na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, em São Cristóvão (SE). 
Cerca de um ano depois, quando foi consagrada freira, escolheu o nome Irmã Dulce em homenagem a sua mãe, que morreu quando ela tinha sete anos.
Ao iniciar seu trabalho de missão humanitária, foi enviada a Salvador, sua terra natal, onde passou a atuar no Sanatório Espanhol. A partir daí, não mais parou o seu trabalho voltado aos doentes e mais pobres.
Em 1939, inaugurou uma escola voltada aos filhos de operários no bairro de Massaranduba, periferia de Salvador. Dez anos depois, ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio e improvisou uma enfermaria para cuidar de doentes.
Nos anos seguintes, começou a buscar apoio de políticos e empresários para transformar a enfermaria improvisada em um hospital voltado ao atendimento da população mais pobre. Criou um restaurante para dar comida a quem não tinha e organizou uma rede de aleitamento materno.
Além de pedir doações, Irmã Dulce inovou na busca por recursos para manter suas obras sociais. Chegou a cantar e tocar acordeon nas ruas de Salvador para arrecadar fundos para suas obras de caridade.
A partir de 1955, passou a cumprir uma penitência em agradecimento à vida de sua irmã, que sobreviveu a uma gravidez de alto risco. Pelos 30 anos seguintes, passou a dormir sentada em uma cadeira de madeira.
Em 1980, recebeu a visita do papa João Paulo 2º, que a incentivou a prosseguir com seu trabalho social. Em 1991, quando visitou o Brasil pela segunda vez, o papa mais uma vez visitou Irmã Dulce, que já padecia em uma cama de hospital.
Morreu em 1992, gerando uma forte comoção social entre os baianos, que passaram a tratá-la como santa. Desde então, é comum encontrar fiéis com medalhinhas e quadros com o rosto da religiosa na parede de casa.
A canonização foi a terceira mais rápida da história da Igreja Católica a partir da data da morte: 27 anos, contra 19 anos no caso de Madre Teresa e 9 anos no de João Paulo. 

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Prefeitura de Itararé promove atrações em comemoração ao Dia das Crianças


Agenda Cultural: Prefeitura de Itararé (SP) promove atrações em comemoração ao Dia das Crianças 
Evento: Programação especial Dia das Crianças 
Atrações: brinquedos infláveis, doces, shows infantis, cortes de cabelo, manicure, pintura facial
Dia: sábado (12)
Horário: a partir das 13h 
Local: praça Francisco Alves Negrão (praça São Pedro) 
Participação gratuita

Cultura de Itararé se prepara para Feira das Nações



Evento será realizado de 08 a 10 de novembro
A Prefeitura de Itararé (SP), através da Coordenadoria Municipal de Cultura, realizará no próximo mês mais uma edição da Feira das Nações. Após 26 anos inativo, o evento foi resgatado em 2017 a pedido do prefeito, Heliton do Valle. 
A atração será realizada a partir das 19h, nos dias 08 e 09 de novembro e a partir das 12h no dia 10, na praça da Matriz. 
Haverá shows temáticos, comidas e bebidas típicas de oito países. A Comunidade de Prevenção e Assistência aos Dependentes de Drogas de Itararé (COPADDI), representará a Grécia; os Voluntários Itarareenses no Combate ao Câncer (VICC), o Japão; Fundo Social de Solidariedade, a Itália; a Apae, o Brasil; o Educandário, a França; o Lar São Vicente, a Arábia Saudita; Guarda Mirim, os Estados Unidos e a Santa Casa, a Argentina.