sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Produtor de soja de Itararé, SP, é premiado por safra sem agrotóxico
O agricultor Frederick Wolters, de Itararé (SP), comemora os bons resultados que tem conquistado com a produção de soja. Na safra de 2011, a colheita rendeu em média 66 sacas por hectare plantado. O número está acima da média que é até 51 sacas.
Com a alta produção, o produtor foi um dos vencedores do concurso ‘Desafio Nacional de Máxima Produtividade 2011/2012’ promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), uma competição entre os produtores de soja com o objetivo de estimular o desenvolvimento de técnicas que aumentem a produtividade.
Wolters explica que para aumentar a produção investiu em agricultura de precisão. Um dos principais desenvolvimentos foi sobre a adubação. A produção de soja na propriedade está associada à criação de porcos. Segundo ele, a fazenda está entre as oito maiores granjas de suínos do Estado de São Paulo e os dejetos produzidos pelos animais são tratados e aplicados como biofertilizante.
O agricultor afirma que todo o dejeto gerado é canalizado para tanques cobertos. O gás é retido e transformado em energia por meio de um gerador. A energia é suficiente para abastece 98% dos equipamentos elétricos utilizados na granja e 70% da sede. Já o líquido resultante do tratamento dos dejetos é usado para irrigar as culturas. O material pastoso resultante do processo vira material orgânico e é usado como adubo. De acordo com o engenheiro agrônomo Tiaki Umeda, o biofertilizante substitui o adubo mineral. “Ele melhora o solo”, conta.
Umeda conta que trabalha na fazenda há 25 anos. Ele afirma que os investimentos em pesquisa de solo para a aplicação da agricultura de precisão, também contribuíram para os resultados na produtividade. Outro ponto positivo apontado por ele, é que o tratamento dos dejetos é a maneira correta de fazer o reaproveitamento do lixo produzido pelos animais, de maneira sustentável e com vantagens para a propriedade.
Frederick Wolters afirma que a aplicação do processo trouxe economia e melhorou a produção. “Com esse conceito de agricultura de precisão, reduzimos a adubação química na fazenda em torno de 90%. Isso representa uma economia de 15% por hectare em insumo. Consequentemente, o resultado é melhor. A meta agora é tentar chegar a 70 sacas por hectare”, afirma.
Com o resultado, o agricultor decidiu ampliar a área plantada de soja. Em 2012 são aproximadamente 1,4 mil hectares, volume 20% maior em relação ao ano passado.
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