Concessionária fecha SAU em rodovias da região de Itapetininga, SP

Do G1 Itapetininga e Região Motoristas que trafegam pela rodovia Francisco Alves Negrão e pela rodovia Francisco da Silva Pontes, reclamam do fechamento das unidades de Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU). Os postos mantidos pela concessionária SPVias e que ofereciam café e água, além de disponibilizar banheiros e fraldários, eram utilizados pelos usuários como local de descanso e paradas rápidas durante as viagens. O caminhoneiro Gaspar Dihl conta que trabalha nas estradas há mais de 30 anos. Ele afirma que é de Ponta Grossa, no Paraná, mas sempre passa pela região transportando madeirite. Ao cruzar o trecho entre Itararé e Itapeva, costumava parar no SAU. Ele alega que nos pontos de paradas aproveitava para relaxar um pouco. Ele não ficou satisfeito com o fechamento. “Agora quando a gente passa por ali durante a madrugada é até perigoso, muito escuro”, comenta. A rodovia Francisco Alves Negrão é uma importante rota entre os estados de São Paulo e Paraná. Muitas pessoas consideram que o posto de atendimento ao usuário, que fica próximo a Itararé, está em um ponto estratégico para que o motorista pare, antes de seguir viagem. “Para nós que estamos nas estradas, o fechamento foi péssimo”, comenta o também caminhoneiro Edson Carlos Ceni. A mesma situação é reclamada pelos usuários da rodovia Francisco da Silva Pontes. Nesta via, a unidade também está fechada. A concessionária SPVias informou que a decisão do fechamento, em junho de 2012, foi tomada por causa de ocorrências de mau uso e outras situações que inviabilizaram a continuação dos serviços, oferecidos espontaneamente pela empresa, sem que fosse uma obrigação contratual. Falta de acostamento Motoristas que trafegam pela rodovia Francisco Alves Negrão reclamam da falta acostamento para acesso a uma área rural na altura do quilômetro 326 no trecho entre Itararé e Itapeva. Segundo eles, próximo à praça de pedágio os caminhões que precisam cruzar a pista para entrar na área rural se arriscam em manobras sobre a pista que não oferece acostamento. O local é bastante movimentado e o risco de ocorrer acidentes é grande. "Acho de suma importância construirem uma alça de acesso ou algo semelhante que facilite a entrada dos caminhões na estrada", comenta o engenheiro agrônomo Marcos Chaddad. O motorista Wilson Pereira, que também é usuários do trecho, afirma que fica preocupado. "Não tem acostamento. Deviam fazer um asfalto ao lado, tipo um trevo, para dar mais segurança para nós. É muito perigoso", diz. A concessionária informou que o acesso existente no trecho citado é irregular por estar em uma área particular. Segundo a SPVias, o dono já foi notificado. Sobre as condições do acostamento no mesmo local, a concessionária alegou que está danificado pela constante passagem de veículos de grande porte e cabe ao dono da área apresentar documentação e projetos ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e obter autorização para regularizar o acesso.