O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de
Finados ou Dia dos Mortos é uma celebração da Igreja Católica no
dia 2 de novembro. Uma
tradição que vem desde o segundo século e resume-se a visita aos túmulos para rezar
pelos que morreram.
No século V, a Igreja dedicou um dia do ano para
rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém mais
se lembrava.
Foi no século XIII que esse dia anual passa a ser
comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os
Santos.
Segundo Léon Denis, um autor e médium espírita, o
estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos,
longe se ser uma invenção católica já era uma prática comum entre os druidas, pessoas encarregadas das tarefas de
aconselhamento, ensino jurídicos e filosóficos dentro da sociedade celta, que acreditavam na continuação da existência depois da morte.
Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para
homenagear e evocar os mortos.
Nos dias atuais, a ganância comercial se
apoderou da data para prática de uma feira livre nas imediações dos cemitérios
para venda de velas, fósforo, flores e alimentos.
A data incentiva também o movimento de
profissionais liberais como pedreiros, jardineiros, pintores, zeladores, que
acumulam serviços na manutenção e renovação do visual das sepulturas.
Mas, em meio de algumas lágrimas sinceras
que desprendem dos olhos de viúvas e órfãos, o cenário em geral é de extrema
falsidade.
Difícil entender o cônjuge que se deita
em orações pelo falecido já de braços dados com o substituto, ou da mãe que
adotou o aborto e foi chorar pelo bebê falecido.
Uma miscelânea de quadros dantescos se
descortinam entre os transeuntes que agitam entre as sepulturas neste dia de intensa
movimentação no campo santo. Para alguns a visita é tão irreal como as flores
plásticas ofertadas no espírito das homenagens.
E para não destoar dos defeitos humanos,
o dia serve para diferenciar os mortos pobres dos mortos ricos, na suntuosidade
de algumas lapides revestidas no mármore, tendo ao lado uma cruz enferrujada de
uma cova abandonada perdida na imensidão da eternidade.
Evangélicos aproveitam a data para
contínuas pregações com pastores que aos berros falam do dia da ressurreição
final.
Tudo isto vai se repetir neste sábado,
dia 2, por conta de mais um finados.
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