sexta-feira, 30 de julho de 2021
DEMOCRACIA MEIA BOCA QUE DEPENDE DE MUITA FÉ
A opinião de Hélio Porto
O Brasil vem adotando o sistema de voto pela urna eletrônica desde 1996. São 25 anos da adoção desse procedimento que já acompanhou 13 eleições no país.
O eleitor sempre teve um passo atrás com o procedimento que não permite conferencia em caso de dúvida e o sistema de urna, obriga a credibilidade sem contestação.
Agora o presidente Bolsonaro quer que, a partir da eleição presidencial de 2022, os números que cada eleitor digita na urna eletrônica sejam impressos e que os papéis sejam depositados de forma automática numa urna de acrílico.
A idéia dele é que, em caso de acusação de fraude no sistema eletrônico, os votos em papel possam ser apurados manualmente, e garantir que o sistema não sofre fraudes constantes.
O Supremo Tribunal Eleitoral reage contra o presidente garantindo a eficácia da urna e pregando ao mundo que ela é a oitava maravilha do mundo.
Países avançados não aceitam sua implantação e, consideram a urna eletrônica brasileira uma grande piada.
O STE exige que o Presidente prove que a urna é insegura e acrescenta que em 25 anos ninguém provou nada.
Mas provar de que jeito? A urna não permite nenhum comparativo legal.
Mas basta consultar a imprensa nacional para ver que a cada eleição existem centenas de denúncias contra seus resultados.
O inventor das urnas, Paulo Camarão, apresentado como físico de renome é réu no Equador por fraude na sua urna eletrônica tentada em implantação naquele país, resultando num fiasco internacional.
O candidato a vereador Antonio D´Agostino acumulou mais de dois quilos de papel constando irregularidades gritantes nas eleições de Guarulhos.
Situação idêntica foram os escândalos eleitorais em Itajaí, Nova Esperança, Bragança Paulista e 32 cidades mineiras. Todas arquivadas sem condições de prova.
A urna tem sido uma ferramenta para preservação de maus políticos que se multiplicam no país.
No resultado oferecido por Guarulhos a urna eletrônica afirmou que 79.927 eleitores não compareceram para votar e cravou que houve somados Brancos e Nulos um mesmo total de 79.927 votos. Porém caprichosamente na mesma eleição foram confirmados 79.927 votos justificados.
O que se pretende é o voto impresso que refletirá a vontade do eleitor antes da “Confirmação” e que sem contato do mesmo, cairá numa segunda urna permitindo uma possível conferência.
Uma garantia que oferecerá transparência para o processo eleitoral. Haverá um custo necessário, mas o eleitor terá certeza que seu voto foi para o candidato pretendido e não em outro arranjado.
Sem esse procedimento, nossa democracia será “meia boca” e seu resultado continuará sendo o efeito de muita fé.
Certo está o presidente Bolsonaro, que tem nosso apoio irrestrito.
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