sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Após cassações, quase metade da Câmara de Sengés é renovada

Catiana Calixto e Silvia Cordeiro Do G1 PR, em Ponta Grossa A Câmara Municipal de Sengés, estará com quase metade dos vereadores renovados a partir da próxima sessão a ser realizada na segunda-feira (16). Dos onze parlamentares, cinco foram empossados na função dos vereadores cassados pela Justiça Eleitoral por utilização de caixa dois nas eleições municipais de 2012. Os novos vereadores assumiram o cargo na terça-feira (10), em sessão extraordinária. Em dezembro de 2012, o Ministério Público Eleitoral do Paraná (MPE-PR) fez a denúncia contra os vereadores Antonio Carlos Messias (PPL), Lourival de Jesus Antonio (PP), Marcio Ricardo Santos (PMDB), Silvio Gaia (PP) e do então ex-presidente da Câmara, João Batista Vaz (PMDB). De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), os parlamentares teriam movimentado recursos ilícitos por meio de uma empresa madeireira da cidade. O TRE informou que, durante as investigações do caso, foi apreendido um caderno com anotações de valores recebidos pelos vereadores durante o período eleitoral. O MPE informou, na época, que recebeu denúncias de que os candidatos estiveram na madeireira. Por este motivo, o tribunal decidiu pela cassação dos vereadores e tiveram inelegibilidade decretada por oito anos. De acordo com o TRE, a primeira sentença foi publicada em junho de 2013, mas os vereadores recorreram e conseguiram a liminar para permanecerem no cargo. Os políticos informaram que vão entrar com recurso em última instância, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Os vereadores empossados na terça-feira foram os suplentes Darci Antonio de Almeida (PP), Jesse Brizola (PMDB), Joaquim Araújo Medeiros (PMDB), que já ocupou o cargo entre 2009 e 2012, Jurandir de Lara (PV) e Miguel Sousa Lima (PR). O vereador Claudemir Fernandes Cleto Filho (PSDB), assumiu a presidência da Câmara. Vereadores dizem que não houve caixa dois “Não houve caixa dois”, dizem os ex-vereadores Silvio Gaia e Antonio Carlos Messias. Eles informaram ao G1 que não sabiam da existência do caderno encontrado na madeireira. Gaia afirma que teve acesso ao caderno na quarta-feira (11). “Nesse caderno constam os nomes dos mais de 30 candidatos a vereador nas eleições de 2012. Não estamos apenas nós cinco”, comenta. Gaia explica que os valores declarados no caderno serviram como controle de gastos das campanhas de cada candidato a vereador. “O controle era feito pelo candidato a prefeito na época, já que ele precisava saber como estavam o gastos de toda a coligação”, esclarece. Gaia e Messias informaram que tiveram conhecimento deste documento após a decisão da Justiça Eleitoral. “Fomos vítimas do processo. A Justiça não ouviu nenhum de nós e já tomou a decisão”, afirma Messias.

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