quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Itapeva é líder estadual em produção de soja

O município de Itapeva (SP) conquistou o primeiro lugar no ranking de maior área produzida e de produtividade de soja no Estado de São Paulo. Na última safra, foram 80 mil hectares, contra os 60 mil hectares produzidos nos campos de Assis, cidade paulista que nos últimos anos deixou os itapevenses em segundo lugar do pódio. Hoje, nossos agricultores produzem, em média, 4 mil quilos – ou 67 sacas - por hectare, em lavoura de sequeiro, ou seja, sem irrigação. Os dados são da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Itapeva, que informa também que nosso município aparece em destaque na produção de milho. Na safra passada, foram produzidos 25 mil hectares de milho safrinha. Isso deixou a cidade em segundo lugar no ranking, perdendo somente para Assis (SP). Para a próxima safra, que começa a ser plantada entre fevereiro e março, a previsão é que a área cultivada com milho aumente para 30 mil hectares. Os números da soja itapevense aumentam consideravelmente quando o assunto é agricultura tecnificada. Na Fazenda Fratelli, que fica em Itapeva e possui uma área total de 3 mil hectares, a produção de soja ocupa 2,2 mil hectares, ou seja, cerca de 73% da fazenda. Nas áreas mais antigas, a produtividade alcança 82,6 sacas por hectare. Nas mais novas, onde a soja ocupou uma área de reflorestamento, a produtividade média é de 66,1 sacas por hectare. “A região tem boas condições de logística, clima e altitude, especialmente para a produção de soja”, diz um dos proprietários da Fazenda Fratelli, o paranaense Silvio Maluta. Engenheiro agrônomo, ele e outros quatro colegas de profissão adquiriram as terras em 2002 e hoje a propriedade é uma das estrelas do Sudoeste Paulista, fornecendo inclusive sementes de soja e trigo para vários estados brasileiros. Todo esse trabalho gera 50 empregos diretos e serve de exemplo para quem acredita que a região pode passar a beneficiar a produção agrícola, agregando valor e gerando renda para a comunidade. Agroindústria A produção de sementes na Fazenda Fratelli teve início em 2006. Embora com proprietários trabalhando diretamente na área, o começo representou um novo desafio, já que se tratava de um trabalho que exigia uma ampla pesquisa de campo em outras sementeiras, além de altos investimentos. Hoje, 10 anos depois dessas primeiras ações, a Fazenda obtém com as sementes 50% a mais de lucro por saca de soja ou trigo. Para o presidente do Sindicato Rural de Itapeva, Dagoberto Mariano César, o trabalho da Fazenda Fratelli e de outras empresas agrícolas no município, que estão começando a beneficiar a produção, é o caminho para a geração de empregos e renda no município e em toda a região. “Já somos considerados o celeiro do Estado, abastecendo várias indústrias com os alimentos produzidos aqui. Chegou a hora de transformarmos esses grãos, frutas, verduras, leite, madeira e carne em produtos embalados, prontos para a venda no comércio de Itapeva e de toda a região, num mercado consumidor que pode chegar a 500 mil pessoas”.

Um comentário:


  1. E isso é bom para quem? Apenas para poucos, ou melhor, para aquele que é proprietário da produção. Com a maquinaria de última geração emprega-se poucos, liquida a diversidade de outras produções, estraga a terra, e como não dá para viver de soja tem-se que comprar de outros municípios, ou traze de outros estados alimentos básicos como trigo, arroz, etc.

    Quem ganha com monocultura? Na época colonial, os colonizadores. Hoje, poucos que muitas vezes nem tem nada a ver com a região.

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