segunda-feira, 28 de outubro de 2019

QUE NÃO OCORRA O CRIME DE MAQUIAR O PARALELEPIPEDO COM UMA CAMADA DE ASFALTO NA RUA SÃO PEDRO


Hélio Porto

Trocar o paralelepípedo pelo asfalto é uma falsa ideia de se aderir a modernidade e as propaladas vantagens cantadas em prosa e verso podem estar distorcidas.
Em estudo realizado pelas alunas do curso de Engenharia Ambiental da Unilins, concluiu que, além de prejuízos ambientais e econômicos, pavimentar as ruas de pedra com asfalto vai contra a tendência mundial.
Em cidades europeias o asfalto está sendo retirado e substituído por pedras, que possuem durabilidade ilimitada, são removíveis e reaproveitáveis.
Um dos motivos da troca é a diminuição de acidentes automobilísticos, uma vez que vias mais confortáveis ao tráfego, como as de asfalto, geram uma segurança ilusória, permitindo maior velocidade e, conseqüentemente, acidentes.
As alunas realizaram estudos técnicos sobre pavimentação com paralelepípedos em vias públicas, focando em aspectos ambientais, durabilidade e custo benefício, sempre comparando com o asfalto.
A conclusão das universitárias é que a pavimentação com paralelepípedo é uma prática ecológica e eficiente de urbanizar as cidades.
No entanto da mesma forma que o asfalto exige, o paralelepípedo também precisa de permanente manutenção e profissionais preparados para sua implantação, obedecendo rigoroso nivelamento com calceteiros experientes e dedicados.
Em Itararé não é o paralelepípedo que é ruim, mas o pleno abandono que a administração pública dedica ao setor sem profissionais habilitados e numa constante falta de harmonia entre as pedras formando um belo tobogã das ruas públicas.
Ainda seria razoável uma troca das pedras pelo asfalto se a prefeitura retirasse da via pública a rede de água e esgoto passando para as calçadas e fizesse um serviço de pavimentação correto.
Agora o maior sacrilégio será cobrir os paralelepípedos com uma camada de asfalto por cima para ganhar tempo e votos eleitorais, sepultando um patrimônio que vale milhões e que ainda pode ser muito bem aproveitado numa vila ou rua periférica.

Que o juízo povoe as decisões do Prefeito e que a tal modernização não fique só na esfera do rendimento político eleitoral nas urnas de 2020.       

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