Hélio Porto
Trocar o
paralelepípedo pelo asfalto é uma falsa ideia de se aderir a modernidade e as
propaladas vantagens cantadas em prosa e verso podem estar distorcidas.
Em estudo
realizado pelas alunas do curso de Engenharia Ambiental da Unilins, concluiu
que, além de prejuízos ambientais e econômicos, pavimentar as ruas de pedra com
asfalto vai contra a tendência mundial.
Em cidades
europeias o asfalto está sendo retirado e substituído por pedras, que possuem
durabilidade ilimitada, são removíveis e reaproveitáveis.
Um dos motivos
da troca é a diminuição de acidentes automobilísticos, uma vez que vias mais
confortáveis ao tráfego, como as de asfalto, geram uma segurança ilusória,
permitindo maior velocidade e, conseqüentemente, acidentes.
As alunas
realizaram estudos técnicos sobre pavimentação com paralelepípedos em vias
públicas, focando em aspectos ambientais, durabilidade e custo benefício,
sempre comparando com o asfalto.
A conclusão
das universitárias é que a pavimentação com paralelepípedo é uma prática
ecológica e eficiente de urbanizar as cidades.
No entanto da
mesma forma que o asfalto exige, o paralelepípedo também precisa de permanente
manutenção e profissionais preparados para sua implantação, obedecendo rigoroso
nivelamento com calceteiros experientes e dedicados.
Em Itararé não
é o paralelepípedo que é ruim, mas o pleno abandono que a administração pública
dedica ao setor sem profissionais habilitados e numa constante falta de
harmonia entre as pedras formando um belo tobogã das ruas públicas.
Ainda seria
razoável uma troca das pedras pelo asfalto se a prefeitura retirasse da via
pública a rede de água e esgoto passando para as calçadas e fizesse um serviço
de pavimentação correto.
Agora o maior
sacrilégio será cobrir os paralelepípedos com uma camada de asfalto por cima
para ganhar tempo e votos eleitorais, sepultando um patrimônio que vale milhões
e que ainda pode ser muito bem aproveitado numa vila ou rua periférica.
Que o juízo
povoe as decisões do Prefeito e que a tal modernização não fique só na esfera
do rendimento político eleitoral nas urnas de 2020.
Ideia de jerico, de jeca...
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