sábado, 2 de novembro de 2019

DIA DE FINADOS É DE REFLEXÃO E NÃO DE FESTA OU FEIRA DE GULOSEIMAS




O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia de Finados ou Dia dos Mortos é uma celebração da Igreja Católica no dia 2 de novembro. Uma tradição que vem desde o segundo século e resume-se a visita aos túmulos para rezar pelos que morreram.
No século V, a Igreja dedicou um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém mais se lembrava.
Foi no século XIII que esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque 1 de novembro é a Festa de Todos os Santos.
Segundo Léon Denis, um autor e médium espírita, o estabelecimento de uma data específica para a comemoração dos mortos, longe se ser uma invenção católica já era uma prática comum entre os druidas, pessoas encarregadas das tarefas de aconselhamento, ensino jurídicos e filosóficos dentro da sociedade celta, que acreditavam na continuação da existência depois da morte. Reuniam-se nos lares, e não nos cemitérios, no primeiro dia de novembro, para homenagear e evocar os mortos.
Nos dias atuais, a ganância comercial se apoderou da data para prática de uma feira livre nas imediações dos cemitérios para venda de velas, fósforo, flores e alimentos.
A data incentiva também o movimento de profissionais liberais como pedreiros, jardineiros, pintores, zeladores, que acumulam serviços na manutenção e renovação do visual das sepulturas.
Mas, em meio de algumas lágrimas sinceras que desprendem dos olhos de viúvas e órfãos, o cenário em geral é de extrema falsidade.
Difícil entender o cônjuge que se deita em orações pelo falecido já de braços dados com o substituto, ou da mãe que adotou o aborto e foi chorar pelo bebê falecido.
Uma miscelânea de quadros dantescos se descortinam entre os transeuntes que agitam entre as sepulturas neste dia de intensa movimentação no campo santo. Para alguns a visita é tão irreal como as flores plásticas ofertadas no espírito das homenagens.
E para não destoar dos defeitos humanos, o dia serve para diferenciar os mortos pobres dos mortos ricos, na suntuosidade de algumas lapides revestidas no mármore, tendo ao lado uma cruz enferrujada de uma cova abandonada perdida na imensidão da eternidade.
Evangélicos aproveitam a data para contínuas pregações com pastores que aos berros falam do dia da ressurreição final.
Tudo isto vai se repetir neste sábado, dia 2, por conta de mais um finados.       



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