quinta-feira, 19 de novembro de 2020

A SINDROME DA REELEIÇÃO

A opinião de Helio porto
Durante quatro anos o que mais o brasileiro faz é reclamar de seus políticos, condenando-os pela inércia, pela corrupção e pela falta de ação administrativa. Esta insatisfação é espalhada pelo cidadão por todos os lados criticando seu prefeito e seus vereadores e achando-os os piores da história de sua cidade. Chega a eleição e quando todos esperam uma severa mudança dos nomes, as urnas ironicamente insistem em repetir sempre os mesmo na eterna agonia da reeleição. Uma pesquisa do Ibope em São Paulo garante que 60% dos eleitores são a favor da reeleição de prefeitos. A situação é tão vulgar que quando o candidato não pode mais se reeleger, indica um laranja e o povo vota maciçamente na indicação do eterno dono do curral. O exemplo esparrama-se pelo Brasil inteiro de Curitiba por Jaguariaíva a Sengés, e de Itararé por Itapeva a fora. Itararé desgraçadamente se integra neste contexto. Vejam nossa Câmara Municipal. Dos 13, dois desistiram da disputa e dos 12 que buscaram a reeleição, sete se reelegeram. Nada mais concreto do que a própria votação do prefeito que atingiu a unanimidade de 6 votos favoráveis em cada 10 eleitores. E nem bem o prefeito toma a posse do novo mandato e o povo já se deita a reclamar de novo de tudo. Que mistério envolve esta síndrome da reeleição criticada por todos, mas praticada por 60% dos eleitores. Falta de opções? Escassez de verdadeiras lideranças? Poder econômico falando mais alto? Pressão oculta? Ou Sadomasoquismo? Ninguém e nunca saberemos os motivos. Parece que essa democracia brasileira está bichada e não tem força para a prática de boas escolhas. E assim caminha nossa nacional humanidade.

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