terça-feira, 22 de dezembro de 2020
OS MAGOS NÃO VIRÃO, OS PASTORES NÃO ESTARÃO NO CAMPO, MAS MESMO ASSIM, JESUS HÁ DE NASCER
A OPINIÃO DE HELIO PORTO
Devido a pandemia iniciada no Oriente, os Reis Magos não se colocaram na estrada, pois a estrela guia sem brilho não surgiu nos céus. Herodes não recebeu visitas e ficou mais confuso ainda de onde surgirá o Messias.
O anjo Gabriel mesmo assim anunciou a Maria que ela daria a luz a um menino a quem daria o nome de Jesus.
Na verdade, as hospedarias dessa vez não estavam cheias, mas fechadas para cumprir o dispositivo governamental do isolamento social.
Não havia ninguém a quem a família sagrada pudesse pedir ajuda. As ruas estavam vazias e todos evitavam qualquer contato, temerosos do vírus exterminador.
Era difícil reconhecer alguém embaixo de máscaras e estabelecer algum tipo de dialogo.
José por iniciativa própria se alojou com a mulher numa manjedoura abandonada, para que essa pudesse com um mínimo de conforto, trazer seu filho ao mundo.
Não houve o som de trombetas e o céu não se repartiu em raios ensejando Glórias a Deus e aos homens de boa vontade.
Foi certamente a primeira vez que o natal não teve fogos, arruaças, estridências, bebedeiras e agitações.
Foi na verdade a primeira noite silenciosa, mas uma noite feliz.
O mundo se envolveu num clima de meditação.
Os seres humanos distantes uns dos outros, sem a falsidade dos abraços, beijos e manifestações cênicas, tiveram tempo para erguer os olhos para o céu e murmurar humildes.
-Bendito seja este que vem em nome do Senhor. Amém
E assim, demorou 2020 anos para que a humanidade entendesse que o Deus menino precisava ter um nascimento simples, despojado de luxo, mas cheio de valor e de fé.
Os meandros divinos, ás vezes são obrigados a lançar mão de pequenos monstros, para que a humanidade entenda que Deus é simplicidade absoluta e foi assim que diante do maior vilão da humanidade, o corona vírus, neste natal, o menino pode nascer rei e soberano de todos nós, gritando aos quatro cantos, nossa insignificância e nossa submissão a sua onipotente vontade.
Feliz Natal!
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