Os usuários voltaram hoje a fazer transações nos bancos. Os bancários aceitaram a proposta de reajuste da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de 9% nos salários, feita no último sábado. Foi a maior greve dos últimos anos.
De acordo com Gilberto Leite, presidente do Sindicato dos Bancários, a categoria (bancos privados) terá o piso salarial reajustado em 12%, já os trabalhadores do Banco do Brasil em 10%, enquanto os da Caixa Econômica em 14%.
A proposta da Fenaban também prevê melhorias na Participação de Lucros e Resultados (PLR), porém não contempla contratação de funcionários pela rede privada. “O Banco do Brasil anunciou a contratação de 2 mil estagiários a nível nacional. A Caixa contratará 5 mil empregados no ano que vem, mas os bancos privados insistem em não discutir este assunto. Foram contemplados os reajustes, mas demais itens como assédio moral, segurança nos bancos e metas abusivas estão ainda pendentes de discussão”, diz.
Para Gilberto, o reajuste obtido é uma conquista. “Os bancários conquistaram avanços neste ano devido a união nacional da categoria. O espírito de luta ao longo dos anos vem trazendo bons resultados. A adesão à greve foi devido a não termos outro caminho. Ocorreram 10 rodadas de negociação sem avanço algum. Entendemos que os bancos poderiam resolver tranquilamente a campanha salarial com os números que apresentaram agora em mesa de negociação e isto evitaria a greve”, fala.
O movimento nacional se iniciou no dia 27 de setembro, quando os bancários pediam reajuste salarial de 12,8% e os bancos ofereceram 8%. A categoria também solicitava fim do assédio moral e das metas abusivas, além da contratação de mais trabalhadores e aumento da segurança nos bancos.
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