Em um dia como este, no ano de 1517, o padre e professor de teologia Martinho Lutero pregou na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, na Alemanha, um pedaço de papel com suas 95 teses revolucionárias que começariam a Reforma Protestante. Nelas, ele condenava os excessos e a corrupção da Igreja Católica Romana, em especial a prática papal de pedir o pagamento das chamadas "indulgências" pelo perdão dos pecados. Suas teses foram rapidamente traduzidas do latim para o alemão e foram amplamente distribuídas. Uma cópia chegou a Roma e começaram os esforços para fazer com que Lutero mudasse sua opinião. Ele se recusou a ficar em silêncio e, em 1521, foi excomungado pelo Papa Leão X. Nesse mesmo ano, Lutero novamente se recusou a se retratar diante do imperador Carlos V da Alemanha, que publicou o famoso Édito de Worms, o qual declarava Lutero um fora da lei e herege, dando permissão para que qualquer um pudesse matá-lo. Protegido pelo príncipe Frederico I, Lutero começou a trabalhar em uma tradução alemã da Bíblia, uma tarefa que levou 10 anos para ser concluída.
O termo "protestante" apareceu pela primeira vez em 1529 , quando Carlos V revogou a medida que permitia que os governadores de cada estado alemão pudessem escolher se aceitariam ou não o Édito de Worms. Uma série de príncipes e outros simpatizantes de Lutero protestaram, declarando que sua fidelidade a Deus era superior à lealdade ao imperador. Eles se tornaram conhecidos como protestantes. Gradualmente, este nome foi aplicado a todos que acreditavam em uma reforma da igreja, mesmo quem estava fora da Alemanha. Lutero morreu de causas naturais, em 1546, e suas crenças revolucionárias formaram a base para a Reforma Protestante, que, ao longo dos próximos três séculos, iria revolucionar sociedade ocidental.
Dia do Protesto, daí protestante. Está mais do que na hora de recuperarmos nossa capacidade de protestarmos contra quadrilhas que assaltaram Brasília, depondo através de golpe parlamentar, a presidenta e a Constituição.
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