sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

E DISFARÇADAMENTE O CORONA VAI MATANDO SEM PIEDADE A NOSSA EDUCAÇÃO

A OPINIÃO DE HÉLIO PORTO
Essa epidemia que devassa a vida humana, levando tantos as sepulturas e os demais a uma crise aguda, promove paralelamente o fim da cultura humana. Enquanto o comércio, a indústria e as atividades lucrativas se alternam entre o isolamento e pequenos períodos de funcionamento, oxigenando sua continuidade ainda que precária, a educação do nosso país vive um recesso criminoso. Crianças e adolescentes perderam o caminho da escola e o ensino a distância é utopia num país que convive com um serviço de internet precaríssimo, onde 60% do Brasil, não dispõem do sinal. Outrossim, a cultura do nosso povo está fixada na escola presencial e nenhum outro modelo sobrevive num repente. A população carente do país é enorme e na maioria das famílias, quando mais modernizadas, existe apenas um celular de baixa tecnologia para atender 6 á 7 pessoas. O preço destes aparelhos, seja celular, computador, notebook ou equivalente é proibitivo e as mensalidades para obter redes é só para poucos privilegiados. Com as escolas fechadas, a educação está falida de vez. E o dilema maior em meio a esta crise torna-se mandar ou não um filho à escola. O Governo de SP das 85% das escolas abertas, neste início de ano, sete foram fechadas por altos índices de infecção. Em casa, o aluno até vibra pela ociosidade permitida destas férias tão longas, mas regride no seu cabedal de conhecimento e assiste uma progressão enganosa que o remete a um diploma próximo que estará longe de atestar seu conhecimento. O jogo do “me engana que eu gosto”. Professores e funcionários das escolas sem um programa diferenciado de vacinação, irão voltar as atividades como gado caminhando para o abate. Estamos implantando agora, uma geração medíocre de intelectuais de fachada, que vão gerar o destino do país mergulhados na mais suprema ignorância e despreparo. O Covid está também fulminando o futuro do Brasil. A volta a escola presencial urge que seja rápida, mas a educação tem que se adaptar imediatamente ao combate do vírus exterminador. É agora ou nunca!

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