sábado, 17 de julho de 2021

PREFEITURA E SANTA CASA, UMA PARCERIA DESASTROSA

A OPINIÃO DE HÉLIO PORTO A Santa Casa de Misericórdia de Itararé teve seu auge durante a provedoria longa e eficiente do saudoso Dr. Célio de Oliveira Santiago. Era uma entidade de referência na Saúde do nosso povo e dava a todos a confiança de bons serviços e a garantia de um sistema de saúde musculoso e capaz de atender qualquer área por mais complexa que fosse. Tinha um centro cirúrgico atuante e quase todos os procedimentos clínicos eram feitos aqui, sem a necessidade de transferências de pacientes para hospitais de grandes centros. Éramos felizes e bem sabíamos. A ganância política, no entanto, não se sentia confortável com as ações do Dr. Célio que era avesso a prática de politicagem. Tudo fizeram até conseguirem o afastamento do competente médico da gerencia da nossa unidade hospitalar. Sem a presença do Dr. Célio, o Hospital passou a ser deficitário e incapaz de cumprir suas atividades. Mal gerido e acumulando dividas, a Santa Casa de Itararé foi se tornando uma imensa massa falida. Não dava conta de sua missão, não era capaz de manter seu quadro funcional e não tinha mais o mínimo da estrutura elementar para seguir suas funções. O prefeito João Jorge Fadel decide instalar uma intervenção municipal no Hospital, prometendo em curto espaço de tempo, sanar as dívidas acumuladas no déficit e entregar saneada a Santa Casa para a Irmandade mantenedora para continuar seu funcionamento. A intervenção municipal passa a permitir legalmente o uso do dinheiro público na manutenção da Santa Casa. Porém ao cabo de um longo período, as dividas só aumentavam, a Prefeitura não encontrava soluções e a Santa Casa mergulhava em um labirinto, acumulando um déficit cada vez maior. Prefeitos foram se revezando no poder e a Santa Casa municipalizada nada mais se tornou do que um cabidão de empregos para um grupo de protegidos. Interventores passaram a desfilar pelo hospital com gulosos salários e a eficácia da Santa Casa foi se assemelhando a um improvisado posto de saúde rural, incapaz até dos mais improvisados curativos. Agora, neste mês de Julho de 2021, o prefeito municipal vaza duas noticias sobre o assunto. A prorrogação de mais 6 meses de intervenção que mantém a Santa Casa capitaneada pela Prefeitura até Dezembro e uma tentativa de convencer o governo do Estado a assumir um projeto de regionalização, assumindo a Santa Casa. Agora, cá entre nós, se a Prefeitura centralizasse todo o potencial que dispõe na sua Secretária de Saúde, utilizando sua mão de obra pessoal, incluindo médicos, enfermeiros, sua equipe total e a verba disponível, desativando os Postos de Saúde e centralizando sua estrutura, certamente, teríamos um super hospital, capaz de eliminar a atual saúde praticada essencialmente em quatro rodas, descartando as ambulâncias e evoluindo para o atendimento correto. Mas, esse procedimento é muito simplista para a ciência política que foi feita para complicar. E complicando sempre mais, continuará pelos séculos dos séculos, AMEM!

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