sábado, 16 de abril de 2011

ITARARÉENSE SOTERRADO EM SANTOS PODE ESTAR VIVO



ITARARÉENSE SOTERRADO EM SANTOS PODE ESTAR VIVO
Agencia Estado - 16/04/2011 - 09:54 (SÁBADO)
Dois dias depois de 50 mil toneladas de pedras, terra e vegetação caírem sobre dois trabalhadores de uma pedreira em Santos, técnicos da Defesa Civil, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar começaram o resgate das vítimas. Ontem de manhã foi implodida uma pedra de 300 toneladas que seria o principal empecilho para chegar ao local onde estão os dois operários, apontado por cães farejadores.
O acidente aconteceu na terça-feira (12), às 6h15, na pedreira da empresa Max Brita, na altura do quilômetro 245 da Rodovia Rio-Santos. O trabalho de resgate era acompanhado pelas famílias de Jucelino Mendonça de Souza, de 45 anos - há 15 na empresa -, e do motorista Walter Santana Holtz (49) , contratado há um mês.
Na terça-feira, o comandante da Polícia Militar na região, coronel Sérgio Del Bel, afirmou acreditar que os dois homens estivessem vivos, já que haveria um bolsão de ar sob as pedras. A opinião é compartilhada por soldados do 2º Batalhão de Infantaria Leve, com sede em São Vicente, que atuaram nos resgates das vítimas de terremotos do Haiti no ano passado.
"Nós chegamos a resgatar pessoas vivas 22 dias após o terremoto, de modo que não nos surpreende se os dois trabalhadores estiverem vivos", conta o soldado Thiago Cerqueira. Na hora do deslizamento, quatro operários estavam na encosta. Dois escalaram as rochas e conseguiram escapar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Ontem, o IPT usou um equipamento que detecta metais para tentar localizar os veículos em que os trabalhadores estavam no momento do deslizamento. Segundo o instituto, esse procedimento permite reduzir a área de buscas e agilizar a ação de resgate.
Na tarde de quarta-feira (13) as buscas pelos dois operários que ficaram soterrados utilizaram cães farejadores para ajudar nos trabalhos de resgate. Segundo a Defesa Civil, a razão mais provável para o deslizamento seja a grande quantidade de chuva que atingiu a Baixada Santista nos últimos meses.
De manhã, uma rocha desmoronou na pedreira. Técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) deverão fazer um estudo mais detalhado do terreno e dos riscos da operação.
A estrada de serviço utilizada pelos trabalhadores na pedreira quase desapareceu. Parentes dos trabalhadores soterrados acreditam que eles ainda possam ser encontrados com vida. “A máquina que ele trabalha é bem resistente. Temos esperança de estar vivo”, conta Wagner Diniz, cunhado de uma das vítimas.
As buscas continuam e apesar das esperanças diminuirem conforme demora a localização das vítimas, todos torcem por um final feliz. Holtz era muito conhecido e estimado em Itararé e parentes e amigos estão desolados com o fato.

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